
Um incêndio de grandes proporções atingiu nesta segunda-feira (20) uma usina termelétrica do Complexo de Candiota, na Região da Campanha do Rio Grande do Sul. De acordo com os bombeiros, o combate às chamas, que destruíram uma torre de resfriamento, demorou mais de uma hora e foi finalizado por volta das 11h10. Ninguém ficou ferido.
Apesar do incêndio, a produção de energia não foi afetada, segundo informou, através de nota, a Eletrobras. Conforme a estatal e os bombeiros, as causas para o início do fogo ainda são desconhecidas. Com mais de dez metros de altura, a torre consumida pelo fogo, havia sido totalmente reformada entre 2009 e 2010. O projeto custou mais de R$ 8 milhões, afirmou a Eletrobras.
A estrutura do local atingido é constituída em boa parte de madeira tratada e estruturas complementares de fibra. As causas estão sendo apuradas. “O incêndio ocasionou danos consideráveis na instalação apesar da tentativa das equipes em combater as chamas”, diz a nota da estatal.

As chamas, de acordo com os bombeiros, foram controladas com equipamentos de prevenção existentes na usina. O incêndio será investigado pela Polícia Civil. A Eletrobras ressaltou que o Complexo Candiota conta com outras duas torres de resfriamento, ambas com estrutura totalmente em concreto.
Veja a íntegra da nota da Eletrobras:
A Eletrobras CGTEE vem a público esclarecer que por volta das 11h da manhã de hoje (20/10/2014) ocorreu um sinistro (incêndio) que atingiu e danificou a torre de resfriamento evaporativa da sua usina denominada Fase A, localizada em Candiota/RS. Felizmente não houve feridos na ocorrência. O incêndio ocasionou danos consideráveis na instalação apesar da tentativa das equipes em combater as chamas. A estrutura é constituída em boa parte de madeira tratada e estruturas complementares de fibra. As causas estão sendo apuradas.
A produção da usina não foi afetada gerando na sua unidade quatro 109 MW e na cinco 303 MW totalizando 412 MW.
A torre de resfriamento havia sido totalmente reformada em 2009/2010, com investimento da ordem de R$8 milhões.
Existem outras duas torres de resfriamento em operação no Complexo Candiota, uma torre seca em formato de parabolóide hiperbólico que atende a Fase B e outra evaporativa que atende a Fase C, ambas com estrutura totalmente em concreto.
A torre de resfriamento cumpre a tarefa de criar a superfície fria no condensador, para que o vapor, após passagem e acionamento da turbina, volte ao estado líquido e seja reconduzido à caldeira para novamente ser transformado em vapor e continuar movimentando a turbina no processo de geração de energia elétrica.
A Fase A está fora de operação com retorno previsto para o início de 2015.
Dados da instalação atingida pelo fogo:
Medidas externas da torre de resfriamento: comprimento = 116m; largura = 14,5m; altura 15,5m.
Constituição: 8 células de fluxo cruzado, em madeira tratada quimicamente a vácuo, com dimensões de 14,50 x 14,50 x15,50 m, apresentando:
– 8 ventiladores, Ø 8 m, 147 rpm, acionados por motores elétricos de 132 KW, 380 V;
– Vazão de circulação: 22.000 m³/h;
– Volume total de água, incluindo depósito da torre e galerias: 5.000 m³;
– Temperatura ambiente bulbo úmido: 26,5°C;
– Temperatura da água na entrada: 38°C;
– Temperatura da água na saída: 30°C.
Fonte: G1 Globo